Estranha forma de vida cantava Amália...é...estranha forma de vida que faz com que muitas vezes não se sabe a que vida se pertence.
Nasci portuguesa, mas tendo vivido a maior parte da minha vida no estrangeiro, nada fazia com que me identificasse realmente como "portuguesa". No entanto, hoje é assim que me sinto. Não sou de "origem" portuguesa (como respondia a quem perguntava), mas "portuguesa"...grande diferença...pelo menos para mim.
Não quero fazer um discurso filosófico-político sobre as razões que leva os portugueses a emigrar...eu conheço bem as razões que levaram os meus pais a tomar essa decisão e a explicação acaba aqui. O que é mais importante é saber como se identificar...a que parte do mundo pertencemos.
Quando jovem nunca fui muito de gostar de Portugal ou de me interessar por um país que não tinha nada que ver comigo, afinal, era apenas o país onde passava ferias...até ao dia em que decisão foi tomada de voltar para Portugal com o consequente choque cultural e social (pelo menos para mim). Foi difícil habituar-se a um país que não conhecia.
Pensava que poderia retomar a minha vida de antes quando voltei a ir para o estrangeiro, afinal tinha voltado para o meu "elemento natural", de onde (no meu entender) nunca deveria de ter saído.
"De que nacionalidade és"? A essa pergunta respondia sempre "sou de origem portuguesa mas vivi a maior parte da minha vida em...e por isso sou mais ... do que portuguesa". Isso é desconhecer a marca que um país é capaz de nos deixar. Hoje a minha resposta é diferente, à mesma pergunta respondo "sou portuguesa!"
Estranho como se acaba por ter orgulho de falar do seu país...a tentar fazer comprender a sua cultura, a sua historia, a sua gente e o porquê da "saudade", essa palavra que não existe em mais nenhuma lingua do mundo a não ser em português...essa palavra que não se pode traduzir ou explicar.
Saudade...é, nós portugueses vivemos eternamente nesse estado de saudade...e essa é uma das razões que me levaram hoje a escrever em português no meu blog (afinal depois de ter escrito em inglês e francês, bem merecia que escrevesse na minha propria lingua)...a saudade. Saudade do tempo (pouco) que vivi em Portugal, saudade daquela atmosphera acolhedera que só no seu país se consegue sentir...saudade...saudade. Essa saudade e estranha forma de vida que a Amália cantava como ninguem...
Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha saudade
Foi por vontade de Deus
Que estranha forma de vida
Vive este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria um condão
Que estranha forma de vida
Coração independente
Coração que eu não comando
Vive perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente
Eu não te acompanho mais
Pára, deixa de bater
Se não sabes aonde vais
Por que teimas em correr?
Eu não te acompanho mais
Para os portugueses que por mero acaso descobrem o meu blog...a intenção actual não é de escrever as minhas "bocas" sobre o que se passa em Portugal mesmo se vontade não me falta neste momento. Mas estou cansada demais para ter um raciocínio coherente ou inteligente a esta hora da noite...continuem a visitar o meu blog...as minhas "bocas" não vão tardar muito!
Por agora a palavra de ordem é...divirtir-se...com assuntos sérios!!!!
Nasci portuguesa, mas tendo vivido a maior parte da minha vida no estrangeiro, nada fazia com que me identificasse realmente como "portuguesa". No entanto, hoje é assim que me sinto. Não sou de "origem" portuguesa (como respondia a quem perguntava), mas "portuguesa"...grande diferença...pelo menos para mim.
Não quero fazer um discurso filosófico-político sobre as razões que leva os portugueses a emigrar...eu conheço bem as razões que levaram os meus pais a tomar essa decisão e a explicação acaba aqui. O que é mais importante é saber como se identificar...a que parte do mundo pertencemos.
Quando jovem nunca fui muito de gostar de Portugal ou de me interessar por um país que não tinha nada que ver comigo, afinal, era apenas o país onde passava ferias...até ao dia em que decisão foi tomada de voltar para Portugal com o consequente choque cultural e social (pelo menos para mim). Foi difícil habituar-se a um país que não conhecia.
Pensava que poderia retomar a minha vida de antes quando voltei a ir para o estrangeiro, afinal tinha voltado para o meu "elemento natural", de onde (no meu entender) nunca deveria de ter saído.
"De que nacionalidade és"? A essa pergunta respondia sempre "sou de origem portuguesa mas vivi a maior parte da minha vida em...e por isso sou mais ... do que portuguesa". Isso é desconhecer a marca que um país é capaz de nos deixar. Hoje a minha resposta é diferente, à mesma pergunta respondo "sou portuguesa!"
Estranho como se acaba por ter orgulho de falar do seu país...a tentar fazer comprender a sua cultura, a sua historia, a sua gente e o porquê da "saudade", essa palavra que não existe em mais nenhuma lingua do mundo a não ser em português...essa palavra que não se pode traduzir ou explicar.
Saudade...é, nós portugueses vivemos eternamente nesse estado de saudade...e essa é uma das razões que me levaram hoje a escrever em português no meu blog (afinal depois de ter escrito em inglês e francês, bem merecia que escrevesse na minha propria lingua)...a saudade. Saudade do tempo (pouco) que vivi em Portugal, saudade daquela atmosphera acolhedera que só no seu país se consegue sentir...saudade...saudade. Essa saudade e estranha forma de vida que a Amália cantava como ninguem...
Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha saudade
Foi por vontade de Deus
Que estranha forma de vida
Vive este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria um condão
Que estranha forma de vida
Coração independente
Coração que eu não comando
Vive perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente
Eu não te acompanho mais
Pára, deixa de bater
Se não sabes aonde vais
Por que teimas em correr?
Eu não te acompanho mais
Para os portugueses que por mero acaso descobrem o meu blog...a intenção actual não é de escrever as minhas "bocas" sobre o que se passa em Portugal mesmo se vontade não me falta neste momento. Mas estou cansada demais para ter um raciocínio coherente ou inteligente a esta hora da noite...continuem a visitar o meu blog...as minhas "bocas" não vão tardar muito!
Por agora a palavra de ordem é...divirtir-se...com assuntos sérios!!!!
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